sábado, 13 de dezembro de 2008

O Pensador Metálico (Droid 18)

O pensador metálico origina em suas nebulosas pensantes
Todas as suas angústias,
Inclusive, sim, sente o mal de Pinóquio;

Apesar dos metais e dos plásticos,
Sente que a vida lhe reserva uma grande aventura,
Surge em sua "mente", uma esperança efêmera,
Mas,
Suas angústias o fazem, curiosamente, repensar na forma humana;

O que seria realmente ser um humano
E
Ser dotado de carne e sangue?
O que seria ser um humano e ser preenchido por uma alma?

Onde estaria o seu “Gepeto”?

Por que nascera assim feito por metais e plásticos
Senão para cumprir um papel ridiculamente estipulado
Por alguma alma vazia?

Pensa, repensa,
Destrói quaisquer tipos de discordâncias dentro de si,
Mas
O que percebe é que o “looping” infinito insiste em
Colocar-lhe um caminho para a perdição,
Que lhe sorri e suga toda a sua energia dilacerada e dissipada;

Observa e tenta recriar toda a sua trajetória,
A sua criação,
A sua “vida”,
As suas emoções,
As suas angústias,
Percebe que, na verdade, nada lhe resta se não passar
A eternidade buscando renovar as suas baterias;

Milhares de circuitos elétricos, metais e plásticos
Dão-lhe um sabor artificial,
Percebe que emana todo o estereótipo de um andróide,
Mas que vive dos males antigos que afligem toda e qualquer
Espécie de vida: o ser e o existir.

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