Do mar e do céu,
Presencia os barcos, em seus
balanços,
Em ressonância com as ondas
Que
Vêm e vão,
O Sol, já se foi e alguns
pequenos movimentos,
Das sombras,
Notam-se,
No horizonte,
Alguns pequenos pontos luminosos
se fazem,
Surgem um a um
E
Assim me parece que a noite
chega;
Mas e os barcos?
Estão à espera incansável de seus
patrões,
No dia seguinte,
Madrugada anunciada,
Terão os seus motores ligados
E
O cheiro de óleo diesel,
Que alimenta os seus sonhos,
Invadirá as narinas deste mar
imenso,
Solitariamente,
Estão ancorados, acorrentados,
Alguns adquirem direções de
olhares ao sabor da brisa que sopra,
Trazendo o cheiro, a imensidão
E
O “ser” do mar secretamente
anunciado para quem quiser observar,
De repente,
Um deles me olha e suplica
serenamente,
Sofro de compaixão
E
Tomo-me em seu lugar,
O que estão a pensar estes
solitários barcos?
O que estão a sentir estes
solitários barcos?