sexta-feira, 14 de junho de 2013

Uma Manhã

Nas pálidas cores da alvorada do amanhecer,
Uma Manhã,
O Sol nasce e emite as suas radiações,
E aquelas radiações incidem no olhar vazio daquele que o observa,
Não só a ele, mas o horizonte, mas as nuvens, mas o céu,
O frio instiga a contração dos músculos,
Uma quantidade de vapor sai da boca, como fumaça branca,
E o fechar dos olhos é inevitável. 
O que pensará aquela mente que ainda discorda do novo começo?
O que surgirá depois desta música?
O que o "entra e sai do ar" nos pulmões provocará? 
Diante do ardor das narinas frente ao ar frio,
A mente mapeia e delineia todos os movimentos do dia. 
Soerguem-se pegadas que imediatamente se apagam como pegadas nas areias de uma praia cheia de ventos,
E os movimentos cessam-se.
Apenas isto,
Fótons brincando,
Nuvens passando,
O horizonte surgido claramente,
A esta altura, o céu riscado por cores não mais pálidas,
Vivas,
Vermelhas. 
E os olhos se abrem,
Estão vivos,
E os pensamentos voltam,
Vivos,
Os movimentos surgem,
A vida delineia-se.
A mente faz as pazes com o novo começo,
A vida ressurge,
Como aquele dia,
Um novo começo,
O vapor da boca desaparece,
O calor incide nos olhos agora vivos,
Sim, muito vivos. 
Trata-se de Uma Manhã.