sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Fantasmas

Os Fantasmas estão à solta,
Brincam, dilaceram, perduram-se por um longo tempo;

Pergunta-se se algo aconteceu no caminho para o céu e,
Unissonamente reagem, indignados,
Nada mais fazem se não a de reivindicar os seus direitos;

Uma voz ecoada ao longe provoca ressonâncias,
Pouco a pouco, somos solidários com o grito,
Que
Escapa-se da boca de um fantasma;
Os ossos, repentinamente, chocalham-se,
E
O que podemos perceber é que somos um saco de retalhos
Que se passa despercebido;

Morri,
E de agora em diante estarei mais próximo de mim mesmo,
De agora em diante poderei escrever versos
Sem a mínima pretensão de contentar os outros
Ou
De assombrar a minha alma;
Estou com ela agora, a minha alma;
De agora em diante viverei a morte,
De agora em diante poderei ouvir as reivindicações
Dos fantasmas,
Pois
Na ultima instância provocaram uma ressonância tão intensa,
Tão intensa
Que
Pudemos captar as ondas que a provocaram;

Os fantasmas,
Sou um deles;

Não, não, não.
Acordo e percebo que tudo foi um sonho,
Tudo não passou de uma medonha fúria,
Mas percebo assombrado que eles não existem,
Não estão à solta,
Não brincam,
Não dilaceram,
Na verdade estão dentro de nós,
E nestes ultimos versos percebo que são eles que nos fazem crer que o pó reinvidica o pó.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Tempestade

O som agudo dos relâmpagos,
A luz grave dos trovões,
Tudo se aproxima, silenciosamente,
As nuvens escuras, em geral,
E as coloridas que se deslocam mais à direita,
Anunciam a chegada da tempestade,
Ao fundo, podemos ver a clareza do horizonte,
Pouco a pouco as primeiras gotas de água caem, timidamente;

O vento, esse colosso de massa de ar, traz consigo muitas folhas das árvores secas
Que
Dançam conforme se sopram, incansavelmente,
Os mecanismos secretos da Mãe Natureza;

Nefastamente se segue o espetáculo,
As gotas, agora, são grossas, são pesadas, são arbitrárias,
Anoitece e o que se vê é apenas a escuridão
Que
Guarda, consigo os segredos das trilhas do meio da floresta;

Os animais se escondem,
As luzes dos casebres do campo piscam,
Finalmente, apagam-se e rendem-se aos mais fortes levantes elétricos,
Acabam-se tudo,
Afinal, é noite,
As pessoas dormem diante da impassibilidade de um punhado medíocre de mobílias;

A tempestade passa, acaba-se,
E o que se vê são pequenas luzes, ao horizonte,
Dos casebres,
Que vagarosamente se acendem novamente,
As pessoas sonham enquanto a grande dança das nuvens,
A grande dança dos ventos,
A grande dança assoprada dos mecanismos da Mãe Natureza
Procuram um novo palco,
E tudo se aquieta.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Poema da Propaganda do Johnnie Walker com Andróide

Eu (o andróide) sou mais rápido do que você,
Eu sou mais forte que você,
E, com certeza, vou durar muito mais que você;

Você pode pensar que eu sou o futuro,
Mas está errado,
Você é o futuro,
Se eu pudesse desejar alguma coisa,
Desejaria ser humano,
Para saber o que significa
Ter sentimentos, ter esperanças, ter angústias, dúvidas, amar;

Eu posso alcançar a imortalidade, basta não me desgastar,
Você também pode alcançar a imortalidade,
Basta fazer apenas uma coisa notável...



PARA QUEM QUISER VER A PROPAGANDA:
http://www.youtube.com/watch?v=D57NTsAfhCY

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Poema da Propaganda da Associação Desportiva para Deficientes

A Ciência diz que o cérebro humano tem 100 bilhões de neurônios,
A Ciência diz que os neurônios são as células responsáveis pela condução dos impulsos nervosos,
A Ciência diz que os impulsos nervosos têm a função de transmitir estímulos para os músculos,
A Ciência diz que os músculos devem obedecer às ordens dos neurônios;

Mas o que a Ciência diz, os meus 100 bilhões de neurônios fazem questão de ignorar,
Porque para mim, o que move uma pessoa não são os músculos,
É a Força do Pensamento.


PARA QUEM QUISER VER A PROPAGANDA:
http://www.youtube.com/watch?v=-_RapOuTrmY