sábado, 23 de julho de 2011

The Grid ***

“The Grid,
A digital frontier,
I tried to picture clusters of information as they move through the computer,
What did they look like? Ships? Motorcycles? Were the circuits like freeways?
I kept dreaming of a world I thought I’d never see;
And then, one day, I got in…” ***

After that,
I saw a dream,
I saw a shadow covering me as a blanket in a cold day,
I saw an impossible way,
A way to run and seek my lost soul;

But why did I get in?
I forgot over passed years,
Perhaps I turned in an Android,
But even the androids can, sometimes, feel their souls;

In this infinite looping in which one I have lost myself,
I could see a lightning Achenbach’s picture,
“A Sunset after a Storm on the Coast of Sicily”;

Ah, the clusters of information,
Yes,
Now I can see them,
Now I can feel them,
In this Grid,
In this parallel Universe,
I kept dreaming of the solutions of my problems,
But the answer was No;

God?
I don’t know where he is…
I don’t know where I am…
But suddenly I know,
I discovered,
The clusters of information: they look like ships,
Ships in imaginary oceans,
With giant waves,
Who arrive in this frontier of my mind, the grid.

***Title and Passage extracted from The movie "Tron: Legacy".

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Uma Fagulha na Nau Capitania

De repente eis que surge uma fagulha na nau capitania,
E eis que a tal fagulha atrapalha e dilacera as mais recônditas idéias
E
Pretensões de todos, de todos que ali estavam esperançosos;
Um caos se instaura nas almas e assim sucessivamente cada dominó,
Em seu efeito,
Cai,
Mas o que teria provocado a fagulha?

De qualquer maneira ou outra possível, mesmo recorrendo-se
Á força superiora que se proclama,
As coordenadas sejam quais são elas,
Atrapalham-se e perdem-se e a divagação da nau é inevitável;

Mas assim como a fagulha surgiu, eis que ela desapareceu,
Como um instante que surgiu e desapareceu;


A proliferação de quaisquer esperanças e sentimentos guia imediatamente a um porto não seguro,
A nau capitânia está só, a divagar,
Sem rumo, sem norte, sem consciência;

Apenas divaga,
Com ou sem esperança,
Quem sabe, acabará a atracar m algum ponto desconhecido, mas seguro,
Mas isto nem as equações conseguirão, talvez, mostrar;

E tudo isto por uma fagulha,
Uma mísera fagulha,
Que desguiou esta nau capitânia
Que estava a navegar em águas calmas e conhecidas.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A PORTA


A porta se abre,
A colina está nua com o véu que lhe cai,
E a sombria senhora das brisas gélidas nos toca,
Ah, sinto um frio,
A névoa esvoaça-se sobre a minha alma errante,
E
Conclamo as pegadas que um dia guiaram-me;

Mas de joelhos,
Com a névoa que se escapa da boca deste cardíaco,
Sonho, um dia, quem sabe,
Com a Fullana,
Cheia de emoções,
Cheia de desesperanças,
Mas que agora tem um companheiro mesmo que sem saber;
A divagação faz seu papel,
A alma se torna mais errante;

E a colina? Não sei,
Com esta senhora que estende o seu braço,
Tanto branco e gélido como a neve,
Tanto doce e sutil como o peso do floco de neve,
Que cai,
Cai sem parar,
E quanto aos meus olhos,
Bolsos,
Que se enchem,
Mas de sal e lágrimas,
As brisas douradas vêm e esvoaçam-se;

A divagação some,
A dilatação dos vasos nervosos cessa-se,
A implosão ocorre,
Sem mais, sem menos,
E de repente a porta se fecha.