terça-feira, 21 de junho de 2011

Medo

O medo da tolerância à dor é o que nos aflige,
Aflige a todos o sentimento do perdão sem perdão,
Aflige a todos o real imaginário,
Aflige a todos a luta sem luta, sem dor, sem medo,
O medo da quietude quando tudo está confuso,
O medo do medo sem medo,
O medo da faca que invade as nossas entranhas,
O medo da mediocridade medíocre,
Tenho medo de olhar para trás e questionar
Onde estava o meu medo quando precisei?
Tenho medo de duvidar da minha existência profana
Quando tenho medo de dizer que minto dizendo a verdade,
Para quem?
Para ELE?
Tenho medo de suportar a dor sem dor;

É...

O medo de tolerância à dor é o que nos aflige,
Mas tenho medo da minha sobriedade quando não estou sóbrio,
Aflige a todos e a mim a luta sem luta, sem dor, sem medo,
Aflige a todos o real imaginário,
Aflige a todos o sentimento do perdão sem perdão,
Será que eu existo?
Cartesiano demais?
Tenho medo de duvidar quando divago,
Tenho medo de divagar,
Tenho medo de ter medo,
Tenho medo quando minto dizendo a verdade,
Para quem?
Para ELE?
Tenho medo deste looping infinito;

É...

Tenho medo de ter medo,
Tenho medo de terminar estas palavras e não terminar
E
Finalmente não terei medo
De ter medo
E
Terei medo de morrer negando a minha medíocre existência, mesmo que medíocre,
E ajoelhar diante DELE e dizer:
Não tive medo, pois estou mentindo dizendo a verdade.

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