Nas pálidas cores da alvorada do
amanhecer,
Uma Manhã,
O Sol nasce e emite as suas
radiações,
E aquelas radiações incidem no
olhar vazio daquele que o observa,
Não só a ele, mas o horizonte,
mas as nuvens, mas o céu,
O frio instiga a contração dos
músculos,
Uma quantidade de vapor sai da
boca, como fumaça branca,
E o fechar dos olhos é
inevitável.
O que pensará aquela mente que
ainda discorda do novo começo?
O que surgirá depois desta
música?
O que o "entra e sai do ar" nos pulmões provocará?
Diante do ardor das narinas
frente ao ar frio,
A mente mapeia e delineia todos
os movimentos do dia.
Soerguem-se pegadas que
imediatamente se apagam como pegadas nas areias de uma praia cheia de ventos,
E os movimentos cessam-se.
Apenas isto,
Fótons brincando,
Nuvens passando,
O horizonte surgido claramente,
A esta altura, o céu riscado por
cores não mais pálidas,
Vivas,
Vermelhas.
E os olhos se abrem,
Estão vivos,
E os pensamentos voltam,
Vivos,
Os movimentos surgem,
A vida delineia-se.
A mente faz as pazes com o novo
começo,
A vida ressurge,
Como aquele dia,
Um novo começo,
O vapor da boca desaparece,
O calor incide nos olhos agora
vivos,
Sim, muito vivos.
Trata-se de Uma Manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário