Toma!
te entrego esta flor,
me serve um palito de fósforo com o qual acendo um cigarro;
Por que você observa a ponta que se queima?
O tic-tac do relógio e o som das lágrimas que se rolam de seus olhos
brincam com o esvoaçar da fumaça;
De repente o medo invade o meu corpo;
Em vão tento me ajoelhar,
pedir súplicas desesperadas
para aquela que me levará;
Mas, calada, chegou num silêncio medonho,
E, agora,
sorri enquanto chora,
e à espreita observa-me sentir o ultimo calor
fazer o seu papel;
sinto-me bem;
Mas acordo e volto a observar esta flor,
em suas mãos;
Ela me espera,
paciente,
sorridente,
chorosa;
Com o cuco a despertar,
te entrego esta flor: Toma!
Porque é chegada a minha hora.
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