Duas almas errantes vagam em busca de seus nortes,
Norte, em transição, na mais escura matéria da nossa alma,
Caminham serenamente ao acaso,
Equações estão impossibilitadas de quaisquer previsões
E
Assim, desviam os seus olhares para sentidos distintos,
Erram em caminhos longínquos,
Espreitam-se ao sabor dos ventos que sopram
E
Que criam as mais secretas brisas dos oceanos;
Mas que de repente surge uma força, aparentemente, fugaz,
Cria-se uma interação serena, secreta,
Tão sutil, Tão febril,
Como um sorriso,
Como um olhar maciço,
As escaladas das montanhas do momento principal
Mudam suas rotinas
E
O ímpetus se cria,
Como se cria uma paixão ardente,
Repentinamente;
E passa-se a conceber uma interação,
Que surgiu após este ímpetus,
O ímpetus que rege a interação entre duas almas errantes,
As almas errantes, outrora, que desdenhavam em suas procuras e dores,
E
Que agora tem uma à outra,
Alavancam uma força extraordinária,
Como a do destino,
E
Que perceberam que os seus caminhos agora estão entrecruzados,
Ora,
Mas que ímpetus é este?
Erram de mãos dadas,
Erram em busca de um norte comum,
Tais almas, fantasmas, seriam inquebráveis?
Pensam, examinam
E
Concluem
Que não existe maior ímpetus do que este,
Não existe maior ímpetus do que a vontade da paixão,
Não existe maior ímpetus do que a força do destino,
Neste momentum continuum,
O fluxum delirium
Executa os mais secretos comandos,
Este é o ímpetus que rege a interação entre duas almas errantes
Que um dia se “encontraram”
E
Resolveram seguir este ímpetus chamado fluxum delirium.
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