terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Ímpetus que Rege a Interação entre Duas Almas Errantes

Duas almas errantes vagam em busca de seus nortes,
Norte, em transição, na mais escura matéria da nossa alma,
Caminham serenamente ao acaso,
Equações estão impossibilitadas de quaisquer previsões
E
Assim, desviam os seus olhares para sentidos distintos,
Erram em caminhos longínquos,
Espreitam-se ao sabor dos ventos que sopram
E
Que criam as mais secretas brisas dos oceanos;

Mas que de repente surge uma força, aparentemente, fugaz,
Cria-se uma interação serena, secreta,
Tão sutil, Tão febril,
Como um sorriso,
Como um olhar maciço,
As escaladas das montanhas do momento principal
Mudam suas rotinas
E
O ímpetus se cria,
Como se cria uma paixão ardente,
Repentinamente;

E passa-se a conceber uma interação,
Que surgiu após este ímpetus,
O ímpetus que rege a interação entre duas almas errantes,
As almas errantes, outrora, que desdenhavam em suas procuras e dores,
E
Que agora tem uma à outra,
Alavancam uma força extraordinária,
Como a do destino,
E
Que perceberam que os seus caminhos agora estão entrecruzados,
Ora,
Mas que ímpetus é este?

Erram de mãos dadas,
Erram em busca de um norte comum,
Tais almas, fantasmas, seriam inquebráveis?
Pensam, examinam
E
Concluem
Que não existe maior ímpetus do que este,
Não existe maior ímpetus do que a vontade da paixão,
Não existe maior ímpetus do que a força do destino,
Neste momentum continuum,
O fluxum delirium
Executa os mais secretos comandos,
Este é o ímpetus que rege a interação entre duas almas errantes
Que um dia se “encontraram”
E
Resolveram seguir este ímpetus chamado fluxum delirium.

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