quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A Tempestade

O som agudo dos relâmpagos,
A luz grave dos trovões,
Tudo se aproxima, silenciosamente,
As nuvens escuras, em geral,
E as coloridas que se deslocam mais à direita,
Anunciam a chegada da tempestade,
Ao fundo, podemos ver a clareza do horizonte,
Pouco a pouco as primeiras gotas de água caem, timidamente;

O vento, esse colosso de massa de ar, traz consigo muitas folhas das árvores secas
Que
Dançam conforme se sopram, incansavelmente,
Os mecanismos secretos da Mãe Natureza;

Nefastamente se segue o espetáculo,
As gotas, agora, são grossas, são pesadas, são arbitrárias,
Anoitece e o que se vê é apenas a escuridão
Que
Guarda, consigo os segredos das trilhas do meio da floresta;

Os animais se escondem,
As luzes dos casebres do campo piscam,
Finalmente, apagam-se e rendem-se aos mais fortes levantes elétricos,
Acabam-se tudo,
Afinal, é noite,
As pessoas dormem diante da impassibilidade de um punhado medíocre de mobílias;

A tempestade passa, acaba-se,
E o que se vê são pequenas luzes, ao horizonte,
Dos casebres,
Que vagarosamente se acendem novamente,
As pessoas sonham enquanto a grande dança das nuvens,
A grande dança dos ventos,
A grande dança assoprada dos mecanismos da Mãe Natureza
Procuram um novo palco,
E tudo se aquieta.

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